segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Reforma Protestante

Em 31 de outubro celebra-se o aniversário da Reforma Protestante. Para os menos conhecedores da história, isso só complicou as coisas. Percebo isso com freqüência quando tento responder as dúvidas de meus amigos sobre o porquê de haverem tantas igrejas diferentes por aí... luterana, metodista, quadrangular, presbiteriana, adventista, e por aí vai... até os batistas (denominação da qual eu participo) são complicados de explicar, tem os batistas brasileiros, gaúchos, pioneiros, nacionais, independentes, heeeeelp! Geralmente quando passo da segunda ou terceira igreja meu ouvinte já quer falar sobre resultado do futebol do último final de semana.

Realmente, antes de 31 de outubro de 1517 as coisas eram mais simples. A palavra Cristianismo referia-se basicamente a Igreja Católica Romana (embora já tivesse ocorrido uma divisão que originou Igreja Ortodoxa, mas esse não é o tema desse artigo). A Igreja Católica, por sua vez, considerava a si mesma a única igreja oficial, única representante de Cristo na terra. Contudo, encontrava-se muito longe daquilo que Jesus havia pregado.

Basta uma lida na Bíblia e algum conhecimento de história para perceber. A venda de indulgências, a desigualdade entre o clero e o povo, as disputas políticas e pelo poder, entre outras coisas, foram fatores motivadores da Reforma. E esse nome “reforma” não é por acaso. Lutero, ao que conta a história, não intencionava criar uma nova igreja, mas sim fazer com que a igreja romana voltasse às suas origens. Essa, entretanto, não era bem intenção do Papa e a situação acabou em uma separação dolorosa.

Embora hoje tenhamos que conviver com um grande número de igrejas diferentes, a Reforma defendeu 5 princípios importantíssimos: 1) a autoridade da Bíblia; 2) a salvação pela graça; 3) a salvação somente pela fé; 4) a salvação somente por Jesus Cristo; e; 5) glória somente a Deus. Além disso, resgatou o princípio de que cada cristão pode dirigir-se diretamente a Deus. (*)

Antes de terminar, quero dizer que não estou aqui para atirar pedras na doutrina católica. Isso porque o que tem sido chamado de “evangélico” no Brasil hoje possivelmente esteja também precisando de uma reforma. Mas, quero dizer que, embora os homens muitas vezes tenham suas diferenças no que se refere a religião, o Evangelho continua e sempre continuará sendo o mesmo. A salvação encontra-se somente em Jesus, e a Bíblia permanece sendo a revelação dessa mensagem a nós.

Muitas vezes me envergonho do que é feito em nome de Deus por aí. Mas faço minhas as palavras do apóstolo Paulo quando disse: “Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16).

A pergunta que fica é: você já se arrependeu de seus pecados e depositou toda a sua confiança em Jesus como seu Senhor e Salvador? Reformas, divisões e diferenças sempre haverão. Mas a salvação em Jesus Cristo é e sempre permanecerá sendo a verdadeira essência do Evangelho.

abraço,
t+

lauter.linux


(*) Esses 5 princípios contrapõem 5 práticas católicas: a valorização da tradição e da palavra do Papa no mesmo grau que as Escrituras, a venda de indulgências, a doutrina da salvação pelas obras, a intercessão aos santos e a necessidade do padre como intermediário entre os homens e Deus.

(**) Quem quiser ler meu testemunho e saber um pouco sobre minha caminhada pode fazer isso clicando aqui.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dependência

Dependência é uma palavra que, nos nosso dias, já adquiriu uma conotação negativa. Normalmente associamos ela a dependência química. Ninguém quer ser dependente, na verdade todo mundo busca sua independência financeira. Entretanto, quando se trata de Deus, sermos totalmente dependentes ainda é a melhor forma de nos relacionarmos com Ele.

O pecado reside justamente em querermos viver uma vida independente de Deus. Você lembra da história do filho pródigo (Lucas 15)? Aquele que abandona a casa do pai pra viver a vida a sua maneira. Qual foi o final? Ele passsou por muitos problemas e reconheceu que o melhor lugar para estar era sob a proteção de seu pai.

Jesus também deixou isso muito claro, Ele nos orientou a não nos preocuparmos com as necessidades desse mundo, mas a confiarmos em Deus, o Pai, pois ele supriria tudo aquilo que precisássemos (Mateus 6.25-33). Jesus chegou a dizer que sem ele NADA podemos fazer (João 15.5).

Uma coisa é saber intelectualmente que somos dependentes de Deus. outra bem diferente é experimentar isso na prática. A fé e a prática são duas coisas que devem andar juntas. Se entendemos que dependemos de Deus, a nossa forma de viver deve refletir isso.

Quando conseguimos transpor a barreira que há entre a teoria e a prática, o Reino de Deus passa a fazer muito mais sentido para nós, pois não somente falamos sobre Jesus, mas vemos mais claramente a ação dele em nossa vida e experimentamos o suprimento de Deus.

Que você possa viver uma vida na dependência de Deus e entenda que dependemos dele em todas as áreas da vida, principalmente no que se refere a nossa salvação.

“Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.” (Efésios 2.8)

Abraço,
T+

lauter.linux

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ponto de vista

Ao contrário da propaganda feita em alguns lugares, a mensagem do Evangelho não é uma promessa de uma vida totalmente livre de  problemas. É fato que Jesus ofereceu conforto e alívio àqueles que sentiam-se cansados e oprimidos (Mateus 11.28). Entretanto, é mais correto dizer que Deus não promete eliminar todos os nossos problemas. Ao invés disso, Ele garante que, em meio aos problemas, permanece sempre ao nosso lado (João 16.33).

Perceba que a felicidade não está na ausência de dificuldades, mas no nosso relacionamento com Deus, que nos faz mudar a maneira como lidamos com elas. Veja o exemplo do apóstolo Paulo. Depois de seu encontro com Jesus, teve que deixar para trás muitas coisas. Sofreu perseguições, insultos, perigos de morte. Mas, em meio a isso tudo, conseguiu ver que o amor de Deus por Ele permanecia inabalável.

"Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Rom 8.36-39)

Sabe aquela história de ver o copo "meio cheio" ou "meio vazio"? Pois é, ela realmente faz sentido. Quando percebemos o amor e o controle de Deus sob a história da nossa vida, temos motivos para ver que todas as dificuldades um dia darão lugar a um final maravilhoso.

Essa esperança que aponta para algo que vai além dessa vida só é verdadeira quando está baseada em Jesus. Sem Ele, todo o otimismo ou pensamento positivo terá uma utilidade limitada apenas, que não será suficiente para superar o momento derradeiro, em que todas as vaidades dessa vida ficarão para trás e só restará aquilo que é eterno.

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25-26)


t+

lauter.linux