terça-feira, 3 de novembro de 2009

A fraqueza do crente!

Você já ouviu aquela história que Jesus disse para dar o outro lado da face quando alguém te bater? Encontra-se em Mateus 5.39. Pois eh... aí está um ensinamento que nem todo mundo gostaria de colocar me prática.

Muita gente tem dificuldade em se identificar com o cristianismo justamente pela cruz de Cristo! Parece loucura crer em alguém que foi condenado injustamente, humilhado, crucificado... parece fraqueza!

Quem sabe seria melhor optar por um outro cristianismo, um cristianismo somente da vitória, somente da benção. Ou então esquecer essa história de cruz, confiar na auto-determinação, no conhecimento, na capacidade humana, no "eu", na auto-ajuda, talvez seja esse o "segredo"...

O que muitas vezes se esquece é o fato de o próprio Jesus ter falado muito sobre a importância da cruz. Jesus disse: "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai" (João 10.17-18).

Nietzsche, um grande filósofo alemão, rejeitou o Cristianismo por causa da sua “fraqueza”. Para ele, o que é mais prejudicial do que qualquer vício é a “simpatia ativa pelo mal constituído e fraco – o Cristianismo”. 1 Nietzsche, contudo, não foi capaz de compreender que o poder do amor consiste justamente em dar a outra face voluntariamente, em servir mesmo quando não somos obrigados, em perdoar ao invés de guardar as mágoas.

Acima de tudo, lembremo-nos que Jesus Cristo ressuscitou! Isso que soa como loucura para aqueles que não crêem é, na verdade, a base na qual se fundamenta o cristianismo. Todos os que crêem em Cristo vivem na esperança da vida eterna e, de certa forma, pela fé, passam a desfrutar de suas bênçãos já no tempo presente.

Viver essa esperança é algo que não se explica... é necessário viver... Como vi no filme "Anjos e Demônios" o personagem Robert Langdon dizer: "A fé é um dom". Acredito que esse dom está disponível para todo aquele que busca de todo o coração! E quando vamos ao encontro de Deus com humildade, Ele se revela a nós e nos capacita a seguir o exemplo de Cristo e descobrir a força que há em ser fraco.

"Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte." (2 Coríntios 12.10)

t+

lauter.linux

1 STOTT, John. A cruz de Cristo. p. 35

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

tic, tac, tic, tac... pare!

Trabalho, atividades, compromissos... não sei como é com você mas, pelo menos pra mim, os últimos dias tem sido beeem corridos. Olhando um pouco para a rotina dos dias de hoje, chego a pensar que se trata de uma síndrome que anda por aí, mais contagiosa que a Influenza A...

Quantas pessoas entram nessa onda de coisas para fazer e acabam deixando de fazer o que realmente importa. É muita coisa para nos distrair: trabalho, TV, Internet, igreja (sim, porquê até a igreja pode se tornar somente mais uma atividade).

Mas alguém poderia dizer: "mas essa eh a vida! O segredo eh viver e aproveitar tudo ao máximo". Pode ser... mas será que realmente vale a pena!? A Bíblia traz a história de um homem que viveu essa realidade, na verdade ele foi um rei e fez mais do que todos os reis que viveram em Israel antes dele, seu nome foi Salomão e, depois de ter conseguido tudo o que queria (dinheiro, mulheres, palácios, etc...), Salomão disse: "...quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento" (Eclesiastes 2.11).

Vale a pena refletir bem antes de se lançar em uma corrida por algo que pode custar os melhores anos de nossa vida. Jesus questionou dizendo: "de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" (Marcos 8.36).

Vamos lembrar que o mandamento de Deus é o amor! Que estejamos dispostos a amar nossas esposas, nossos filhos, nossos familiares, e que nosso amor seja tão grande que se extenda até aqueles a quem não conhecemos! Mas em primeiro lugar, estejamos dispostos a amar a Deus!

O verdadeiro cristão não é aquele que se auto-denomina assim, também não se é cristão somente por freqüentar uma igreja, mas o verdadeiro Cristão é aquele que conhece a Deus, busca-o em tudo o que faz e está disposto a passar tempo com Ele em oração e na leitura da Bíblia e, finalmente, está tão cheio do amor de Deus que acaba por tornar esse amor conhecido ao mundo!

Que, em meio a tanta correria, possamos identificar verdadeiros cristãos e, principalmente, consigamos parar para um encontro a sós com Deus.

Grande abraço! t+

lauter.linux


(o vídeo em português foi removido do youtube, por isso adicionei a versão em espanhol)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Voltar no tempo

eae galera!!! ai vai um vídeo que eu achei sensacional!



valeu guí pela indicação! quem quiser comente ai!!!

abraço pra todos! t+

lauter.linux

O correto é o amor!

Hoje parece que me dei conta de que existe um conflito constante entre o amor e a razão... ta certo, eu já sabia que ele existia... mas quero dizer parece que ficou mais claro (pelo menos pra mim!) que em certos momentos, e quem sabe na maioria ou até em todos os casos, para amar é preciso abrir mão, até certo ponto, dos nossos conceitos particulares de justiça e do que é correto.

Deixe-me explicar: amar significa fazer algo concreto por alguém a quem amamos. Significa fazer algo que vá de encontro com aquilo que a pessoa amada precisa. Entretanto, nem sempre aquilo que vamos fazer irá agradar a todos os olhos, arrisco a dizer que de fato nunca seremos capazes de agradar a todos com nossa atitude de amor. Quer ver um exemplo? Imagine que alguém esteja passando por uma necessidade e então você decide dar do seu dinheiro para ajudar essa pessoa. Um gesto de amor. Contudo, haverão aqueles que irão dizer que essa pessoa encontra-se nessa situação por sua própria culpa. Talvez no passado ele não se empenhou o suficiente ou utilizou de maneiras ilícitas para ganhar a vida e que nesse momento está colhendo os frutos daquilo que plantou. Essas pessoas defendem que é justo o que a pessoa está passando e assim se eximem da responsabilidade de ajudar.

Ora, isso realmente é possível. Entretanto o amor leva em consideração que todos merecem uma nova chance, sempre. Amar significa dar sem esperar receber em troca. Sua motivação não é o merecimento da pessoa que é amada e sim a própria atitude de amor daquele que ama. Acontece que essa disposição incondicional de amar parece contradizer nossa noção de justiça.

Vejamos outro exemplo, agora um caso real que aconteceu comigo. Recebi um email de um amigo solicitando ajuda para um irmão que desejava ir para a Índia para um trabalho missionário de dois meses. O valor total necessário para essa viagem seria de R$5.000,00 sendo que R$4.000, somente para a passagem. Qual foi o meu primeiro pensamento? Que atualmente existem ministérios que auxiliam missionários nativos na Índia. Custa somente R$240,00 para manter o trabalho de um missionário indiano durante um mês. Seria mais “correto” enviar o dinheiro para esse ministério ao invés de contribuir para alguém atravessar o mundo para evangelizar na Índia.

O que eu não consegui perceber no primeiro momento foi o chamado de Deus na vida dessa pessoa que estava pedindo o auxílio. Afinal os frutos desse investimento não serão apenas os dois meses de trabalho missionário na Índia. A vida desse brasileiro será com certeza transformada com base na experiência que ele irá vivenciar lá, nas pessoas e nas novas realidades que ele irá conhecer. Quando ele voltar ao Brasil talvez poderá influenciar muitas e muitas pessoas com base no seu testemunho. Você percebe como minha noção de certo e errado foi mais alta que a visão de amor?

Exemplos como esse se repetem dia após dia em nossas vidas. Jesus vivenciou situações como essa diversas vezes e sempre demonstrou que o amor deveria estar em primeiro lugar. Certo dia os judeus trouxeram a ele uma mulher apanhada em adultério e perguntaram-no o que deveriam fazer. A lei daquela época determinava que a pena para tal tipo de crime era a morte. Isso seria o correto, o justo. O que Jesus fez? Mandou que a lei fosse cumprida sumariamente? Ou então descumpriu e aboliu totalmente essa lei? Não! Jesus ordenou que aquele que estivesse sem pecado atirasse a primeira pedra. A resposta de Jesus fez com que cada um dos presentes, até então cheios de raiva, fossem obrigados a olhar para si e ver seus próprios erros ao invés dos erros do outro. E assim aquela mulher teve uma nova chance. O amor de Jesus por ela deu-lhe uma nova chance. As palavras finais de Jesus foram: - Mulher, onde estão os teus acusadores? Eu também não te condeno. Agora vá e não peques mais.

Trata-se de um tremendo exemplo de amor que, em uma primeira olhada, parece descumprir o que é justo. Entretanto ao olharmos mais a fundo veremos que na verdade a verdadeira justiça manifesta-se apenas no amor incondicional. Por isso dizemos que o correto é o amor! Que possamos todos nós substituir nossa visão de justiça implacável por uma visão de amor.

T+

lauter.linux

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Começando do princípio

Muita gente, quando começa a ficar curiosa a respeito da “religião”, resolve ler a bíblia do início ao fim. Isso aconteceu comigo também e foi... de certa forma... frustrante... No início até funciona, a gente começa naquele livro chamado Gênesis (sem saber exatamente o que isso significa) e vai lendo... lendo... lendo... até descobrir que não somos tão perseverantes assim.

Agora se a pessoa for boa mesmo até pode passar do primeiro livro mas dificilmente vai ir muito longe.

Uma curiosidade interessante é que o nome Gênesis tem o significado de princípio, começo ou origem. Esse é o nome do primeiro livro da bíblia na versão em português e também na versão em inglês. Entretanto, a bíblia não foi escrita em português, nem em inglês, nem em alemão... mas foi escrita em hebraico, aramaico e grego. E o primeiro livro da bíblia em especial foi todo escrito em hebraico.

Outra curiosidade é que nos livros em hebraico, normalmente o nome do livro era baseado nas suas primeiras palavras. Assim, o primeiro livro da bíblia se chamaria “no princípio” pois é exatamente assim que ele começa.

O interessante é que esse livro não se preocupa em explicar o que havia antes do tal “princípio”. E sejamos sinceros... pra qualquer um de nós que estamos acostumados com o tempo que está sempre passando fica difícil imaginar uma realidade em que não haja tempo. Ou pelo menos imaginar como tudo começou. Surgem as perguntas: tá mas e se houve um princípio, porquê houve? Como? O que motivou? Como era antes? Vai ter fim?

Bom... esse livro chamado “no princípio” começa assim simplesmente contando como era no princípio. E é interessante notar que nesse livro apenas uma coisa já existe no princípio: esse “Deus”. E parece que ele é o personagem principal da história afinal ele já começa no livro criando coisas de uma maneira muito interessante. Deus fala e as coisas existem. Fala e as coisas se dividem, se organizam, tomam forma, cumprem o propósito que ele determinou. E no fim da história... ele descansa...

OK, como eu sei que você não é evangélico e não está pensando em ser (pelo menos esse é o público alvo desse blog). Você pode não dar muito crédito para essa história. Mas quero dizer que considero ela no mínimo interessante.

Normalmente quando rejeitamos algo costumamos ter algo melhor para oferecer. Mas no caso dessa história do princípio parece que, como humanidade, não conseguimos ainda encontrar algo de muito concreto capaz de explicar a origem de tudo e muito menos o propósito das coisas que vemos por aí. Confesso que para mim a teoria do “Big-Bang” encontra-se em um nível muito parecido com a história desse tal livro. Afinal, se existia um pontinho de matéria muito densa... desculpe mas eu tenho que perguntar... de onde veio isso? Como toda essa matéria podia estar condensada desas forma? E se ela “explodiu” o que causou essa explosão? Porquê ela não permaneceu no estado em que se encontrava? Como isso foi capaz de formar estruturas tão complexas e tão perfeitas como vemos no mundo de hoje?

Mas tudo bem... esse blog não tem o intuito de trazer todas as respostas. Se fosse assim certamente eu ficaria muito rico e muito rápido... e acabaria não escrevendo a metade das coisas que ainda quero escrever.

Por hora, a história desse post termina assim. Se não temos certas respostas... pelo menos a história desse livro chamado “no princípio” chama a atenção. Pois ela propõe uma visão de mundo com alguns princípios que revolucionaram. A proposta de um Deus único, sempre existente, livre no tempo e espaço, com vontade própria e... com poder para fazer existir aquilo que não existe. E que para isso usou de uma coisa – da palavra. Que palavra poderosa hein! Essa visão não existia na humanidade até que esse livro foi escrito.

Em breve um novo post.
Abraço a todos! T+

lauter.linux

terça-feira, 19 de maio de 2009

Primeiro post!

Olá pessoal,

Esse é o meu primeiro post aqui no Blog... preciso confessar que eu sou meio novo nisso. Mas antes de mais nada acho que importante deixar claro o objetivo desse espaço aqui.

A idéia é falar um pouco sobre algo que vem crescendo muito no Brasil atualmente. O Evangelho! Mas o foco é comentar um pouco sobre esse povo chamado de "evangélico" para aqueles que não são!

Vamos deixar claro que a idéia aqui não é iniciar mais um daqueles debates sobre religião que nunca tem fim... mas espero poder trazer um conteúdo que seja enriquecedor para todos os leitores.

Bom, passadas as apresentações... em breve teremos novos posts.
Espero que vocês voltem periodicamente... afinal que graça teria escrever um blog se não fosse para ser lido e comentado.

T+

lauter.linux