Muita gente, quando começa a ficar curiosa a respeito da “religião”, resolve ler a bíblia do início ao fim. Isso aconteceu comigo também e foi... de certa forma... frustrante... No início até funciona, a gente começa naquele livro chamado Gênesis (sem saber exatamente o que isso significa) e vai lendo... lendo... lendo... até descobrir que não somos tão perseverantes assim.
Agora se a pessoa for boa mesmo até pode passar do primeiro livro mas dificilmente vai ir muito longe.
Uma curiosidade interessante é que o nome Gênesis tem o significado de princípio, começo ou origem. Esse é o nome do primeiro livro da bíblia na versão em português e também na versão em inglês. Entretanto, a bíblia não foi escrita em português, nem em inglês, nem em alemão... mas foi escrita em hebraico, aramaico e grego. E o primeiro livro da bíblia em especial foi todo escrito em hebraico.
Outra curiosidade é que nos livros em hebraico, normalmente o nome do livro era baseado nas suas primeiras palavras. Assim, o primeiro livro da bíblia se chamaria “no princípio” pois é exatamente assim que ele começa.
O interessante é que esse livro não se preocupa em explicar o que havia antes do tal “princípio”. E sejamos sinceros... pra qualquer um de nós que estamos acostumados com o tempo que está sempre passando fica difícil imaginar uma realidade em que não haja tempo. Ou pelo menos imaginar como tudo começou. Surgem as perguntas: tá mas e se houve um princípio, porquê houve? Como? O que motivou? Como era antes? Vai ter fim?
Bom... esse livro chamado “no princípio” começa assim simplesmente contando como era no princípio. E é interessante notar que nesse livro apenas uma coisa já existe no princípio: esse “Deus”. E parece que ele é o personagem principal da história afinal ele já começa no livro criando coisas de uma maneira muito interessante. Deus fala e as coisas existem. Fala e as coisas se dividem, se organizam, tomam forma, cumprem o propósito que ele determinou. E no fim da história... ele descansa...
OK, como eu sei que você não é evangélico e não está pensando em ser (pelo menos esse é o público alvo desse blog). Você pode não dar muito crédito para essa história. Mas quero dizer que considero ela no mínimo interessante.
Normalmente quando rejeitamos algo costumamos ter algo melhor para oferecer. Mas no caso dessa história do princípio parece que, como humanidade, não conseguimos ainda encontrar algo de muito concreto capaz de explicar a origem de tudo e muito menos o propósito das coisas que vemos por aí. Confesso que para mim a teoria do “Big-Bang” encontra-se em um nível muito parecido com a história desse tal livro. Afinal, se existia um pontinho de matéria muito densa... desculpe mas eu tenho que perguntar... de onde veio isso? Como toda essa matéria podia estar condensada desas forma? E se ela “explodiu” o que causou essa explosão? Porquê ela não permaneceu no estado em que se encontrava? Como isso foi capaz de formar estruturas tão complexas e tão perfeitas como vemos no mundo de hoje?
Mas tudo bem... esse blog não tem o intuito de trazer todas as respostas. Se fosse assim certamente eu ficaria muito rico e muito rápido... e acabaria não escrevendo a metade das coisas que ainda quero escrever.
Por hora, a história desse post termina assim. Se não temos certas respostas... pelo menos a história desse livro chamado “no princípio” chama a atenção. Pois ela propõe uma visão de mundo com alguns princípios que revolucionaram. A proposta de um Deus único, sempre existente, livre no tempo e espaço, com vontade própria e... com poder para fazer existir aquilo que não existe. E que para isso usou de uma coisa – da palavra. Que palavra poderosa hein! Essa visão não existia na humanidade até que esse livro foi escrito.
Em breve um novo post.
Abraço a todos! T+
lauter.linux
E ae brother... antes de tudo: FELIZ ANIVERSÁRIO! Tu é muito especial pra nós cara. Em segundo lugar, posta mais textos aqui. Os primeiros ficaram muito legais. Abração. Juliano Corrêa
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